Dispepsia e inflamação intestinal

Você já ouviu falar em dispepsia funcional ou síndrome dispéptica, também conhecida como indigestão? A doença e os sintomas são percebidos na região epigástrica (estômago, tórax e umbigo), causando dor e desconforto.

É considerada uma doença comum do trato gastrointestinal. No Brasil, 40% da população apresenta sintomas de dispepsia, que apesar de não ser uma doença grave, gera incômodos que interferem na rotina do dia a dia.

Também, é bastante comum o acometimento de inflamação intestinal, que se divide em dois tipos principais: doença de Crohn e Colite Ulcerativa. São doenças diferentes, mas que podem ser confundidas devido aos pontos comuns.

As doenças inflamatórias do intestino afetam pessoas de todas as idades e ambos os sexos, sendo mais comum antes dos 30, entre 14 e 24.

O que é dispepsia?

Afinal, o que é a dispepsia? A síndrome dispéptica como também é conhecida, trata-se da manifestação de diferentes doenças causadas pela disfunção cloridropéptica, gerando refluxo gastro- esofágico, úlcera péptica gastroduodenal e a dispepsia funcional.

Em palavras mais simples, a dispepsia está relacionada às contrações do sistema digestivo na tentativa de auxiliar no trajeto da comida.

Sintomas da dispepsia.

Os sintomas que caracterizam a dispepsia estão ligados ao aparelho digestório alto. Entre os principais sintomas a destacar estão:

  • Sensação de dor ou queimação na região epigástrica.
  • Ocorrência de dificuldade de digestão, caracterizada pela saciedade precoce e plenitude pós – prandial.
  • Náuseas.
  • Eructação.
  • Distenção do abdome superior.
  • Gosto ácido na boca.
  • Arrotos e gazes.
  • Perda de peso involuntária e inexplicada.
  • Diarreia (raro).
  • Dificuldade em engolir.
  • Sangue nas fezes.
  • Perda de apetite.
  • Pele e olhos amarelados (icterí

Ainda, a condição/doença pode ser dividida em diferentes tipos de acordo com os sintomas observados, veja:

  • Dispepsia funcional ou nervosa: relacionada a doenças de base orgânica (normalmente gastrite) e o exame de endoscopia não revela grandes alterações. À dispepsia funcional é identificada quando não definidas as causas dos sintomas.
  • Dispepsia orgânica: relacionada à úlcera péptica.
  • Dispepsia de refluxo: tem sintomas como pirose retrosterna (volta do ácido do estômago para o esôfago), azia (sensação de regurgitação ácida ou azeda) e regurgitação.

Se os sintomas da dipepsia forem persistentes, o médico deverá ser consultado

Muitos desses sintomas podem ser facilmente minimizados através do tratamento adequado com os medicamentos certos, conforme veremos mais abaixo.

Causas da dispepsia

A dispepsia pode ser causada por uma série de condições, as mais comuns são:

  • Doenças do sistema gástrico;
  • Uso de medicamentos (analgésicos e anti-inflamatórios);
  • Infecção no estômago causado pela bactéria Helicobacter pylori;
  • Em decorrência de doença pancreática ou cálculos biliares (pedra na visícula);
  • Em casos mais raros, pode estar ligadas ao câncer gástrico;
  • Problemas na tireóide;
  • Alergia ou sensibilidade alimentar;
  • Doenças cardíacas.

A dispepsia pode ser causada também por estresse, ansiedade e outros distúrbios emocionais que afetam o sistema gastrointestinal. Por isso é importante cuidar da saúde como um todo, muitas pessoas poderiam evitar doenças mais severas ao tratar o estresse e ansiedade do dia a dia, inclusive com medicamentos naturais ou manipulados (cabe bons links do cliente) com excelente eficácia.

Alguns tipos de alimentos também contribuem para a dispepsia como menta, hortelã, tomate, café, comidas apimentadas, chocolate, bebidas quentes ou alcoólicas, evitá-las pode diminuir os sintomas.

Como é feito o diagnóstico da dispepsia?

O diagnóstico da dispepsia pode ser feito por clínico geral ou gastroenterologista, que realiza uma avaliação dos sintomas e do quadro clínico geral do paciente através de perguntas específicas.

Pode ser solicitados exames laboratoriais, de imagem (raio X, ultrassom ou tomografia), respiração e fezes ou endoscopia para completar o diagnóstico.

Tratamento da dispepsia.

O tratamento para dispepsia começa com alteração do estilo de vida e hábitos alimentares:

  • Encontrar formas de aliviar o stress e ansiedade;
  • Realizar de cinco a seis refeições por dia;
  • Reduzir ou eliminar o consumo de álcool e cafeína;
  • Evitar uso recorrente de medicamentos que podem causar lesões nos órgãos do sistema digestivo;
  • Comer devagar e em local tranquilo;
  • Parar de fumar.

Há medicamentos seguros que ajudam no tratamento da dispepsia. A dosagem e o tipo de medicamento devem ser definidos pelo médico, o qual indicará o melhor tratamento de acordo com o diagnóstico dado. Segue alguns medicamentos comumente indicados:

  • Cimetidina (link);
  • Digedrat (link);
  • Digeplus (link);
  • Domperidona (link);
  • Motilium (link);
  • Omeprazol (link);
  • Pantoprazol (link);
  • Ranitidina (link).

Há os tratamentos naturais para a dispepsia. São produtos ou receitas naturais que ajudam a tratar os sintomas ou até mesmo evitá-los.

 

  • Gengibre em cápsula, chá, cozido ou com sucos verdes, ele ajuda no auge da dispepsia.
  • Vinagre de maçã: tomar uma a duas colheres de sopa com água antes das refeições, ajuda a digestão e alivia os sintomas da dispepsia.
  • Beber bastante água filtrada ajuda a combater a dispepsia.
  • Bolsa térmica para compressa: fazer compressas na região do abdome ajuda aliviar os sintomas da dispepsia. Faça sem exageros
  • Suco de Aloe e Vera: auxilia no tratamento da constipação intestinal, dor abdominal e indigestão.
  • Chá de camomila.
  • Sementes de erva – doce: mastigar as sementes de erva doce é um bom remédio para tratar a dispepsia.
  • Alimentos probióticos auxiliam no bom funcionamento do sistema gastrointestinal: iogurte cultivado ao vivo, kefir, chucrute, natto, missô, kombucha.
  • Semente de feno – grego, cominho, canela, bicarbonato de sódio, coentro, quelidónia -maior ajudam a melhorar sintomas da dispepsia.
  • Extrato de alcachofra: tratamento seguro e eficaz para a dispepsia. Você encontra na naturefarma.com.br.

Os sintomas podem retornar com variações de intensidade e frequência após o tratamento, isso porque a dispepsia é crônica e recorrente. O mais adequado é buscar orientação médica se houver persistência desses sintomas por longos períodos.

CID 10: dispepsia – K30

As doenças são classificadas através de códigos denominados CID (Código de Identificação da Doença), inclusive presente em atestados médicos, perícias médicas no INSS, entre outras situações.

No caso das doenças digestivas, esôfago e duodeno, a CID varia entre K20 e K31.

A dispepsia, por sua vez, é a CID 31, podendo ser dividida em nervosa, neurótica e psicogênica.

Outra doença muito comum de acontecer em brasileiros e ao mesmo tempo confundida por leigos com dispepsia é a inflamação intestinal. Quer saber mais sobre ela? Continue lendo:

Como ocorre a inflamação intestinal?

A inflamação intestinal pode ser de dois tipos, a Doença de Crohn (link – https://abcd.org.br/sobre-a-doenca-de-crohn/) (que afeta a parte inferior do intestino delgado e a parte superior do intestino grosso, além de afetar outras áreas do trato digestivo) e a colite ulcerativa (inflamação crônica do intestino grosso, com perfurações ou erosão no local, gerando fortes cólicas abdominais e febre).

As causas das doenças inflamatórias intestinais são desconhecidas, mas há indícios que bactérias normais do intestino desencadeiam uma reação imunológica anormal em pessoas com pré disposição genética.

Sintomas da inflamação intestinal:

Selecionamos os principais sintomas que acometem pessoas com inflamação intestinal.

Com doença de Crohn:

  • Dor abdominal acompanhada de cólicas;
  • Diarréia crônica com traço de sangue nas fezes, quando o intestino grosso está muito afetado;
  • Febre;
  • Perda de apetite e de peso.

Os sintomas podem ocorrer por dias ou semanas, melhorando com o tratamento, porém, as crises podem reaparecer em intervalos irregulares ao longo da vida, variando a intensidade e duração.

Com colite ulcerativa:

  • Diarréia violenta com muco e sangue;
  • Febre alta;
  • Dor abdominal;
  • Peritonite (inflamação do revestimento da cavidade abdominal) com menor frequência.

Os sintomas vão aumentando gradualmente, deixando a pessoa muito doente, causando complicações como hemorragia, colite fulminante e câncer do cólon.

Diagnóstico de doenças inflamatórias intestinais

Em ambos os casos, é preciso buscar ajuda médica para ter um diagnóstico efetivo e iniciar o quanto antes o tratamento.

Esse diagnóstico é realizado através de exames de sangue, fezes e biopsia do tecido. O médico pode solicitar exames de imagens para descartar outras doenças do sistema gastrointestinal.

Tratamento das doenças inflamatórias intestinais

O tratamento pode ser realizado através das seguintes medidas, de acordo com a orientação médica:

  • Medicamentos

Doença de Crohn: Aminossalicilatos (Sulfassalazina, Balsalazida, Mesalamina, Olsalazina), Corticosteroides (Prednisona e Budesonida), Imunomoduladores (Azatioprina, Mercaptopurina, Metotrexato, Ciclosporina, Tacrolimo),  Agentes biológicos (Infliximabe, Adalimumabe, Certolizumabe, Natalizumabe, Vedolizumabe.

Colite ulcerativa: Aminossalicilatos (Sulfassalazina, Balsalazida, Mesalamina, Olsalazina), Corticosteroides (Prednisona, hidrocortizona e Budesonida), Imunomoduladores (Azatioprina, Mercaptopurina, Ciclosporina, Tacrolimo),  Agentes biológicos (Infliximabe, Adalimumabe, Vedolizumabe e Golimumabe).

  • Cirurgia (em alguns casos)
  • Dieta e controle do stress

No caso da dieta para tratamento das doenças inflamatória intestinais, é preciso evitar:

– Carnes processadas.

– Cerais (farinha de trigo e centeio)

– Laticínios ( leite e queijos muito processados)

– Leguminosas (feijão, lentilha ou ervilhas)

– Vegetais (couve de bruxelas, repolho, couve manteiga, quiabo, chicória, cenoura)

Frutas (maçã, damasco, pêssego, nectarina, pera, ameixa, cereja, abacate, amora, lichia)

– Produtos industrializados (comida pronta congelada, biscoitos, massas prontas, temperos industrializados, sopas prontas, sorvetes, doces e salgadinhos

– Bebidas alcoólicas.

  • Repouso
  • Ingestão de líquidos como chás e água
  • Ingestão de soluções eletrolíticas à base de sódio e potássio

O tratamento pode ser realizado em conjunto com uma das opções acima, por exemplo, medicamentos e dieta balanceada.  No sinal de qualquer uma dessas doenças busque orientação médica, para iniciar rapidamente o tratamento e mantenha hábitos alimentares saudáveis.

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